Consumo de substancias lícitas e ilícitas de los estudiantes universitarios del Instituto Piaget

  1. Pinto, Cristina Manuela de Macedo
Zuzendaria:
  1. Florencio Vicente Castro Zuzendaria
  2. Manuela Grazina Zuzendaria

Defentsa unibertsitatea: Universidad de Extremadura

Fecha de defensa: 2010(e)ko uztaila-(a)k 02

Epaimahaia:
  1. Gonzalo Sampascual Maicas Presidentea
  2. Susana Sánchez Herrera Idazkaria
  3. Victoria Ramos Barbero Kidea
  4. Fernando Lara Ortega Kidea
  5. Leandro Navas Kidea

Mota: Tesia

Teseo: 294585 DIALNET lock_openTESEO editor

Laburpena

O uso de tabaco, álcool e outras drogas entre os jovens é um problema de grande preocupação em muitos países (ESPAD, 2007). O abuso destas substâncias entre os jovens é cada vez mais encarado na sua globalidade e não apenas como o consumo de uma ou outra substância em particular (Ferreira-Borges & Filho, 2004). Neste sentido fomos caracterizar o consumo de substâncias lícitas e ilícitas nos estudantes universitários do Instituto Piaget (Zona Norte). Neste trabalho desenvolveu-se um estudo transversal, recorrendo-se a um questionário de auto-preenchimento anónimo e confidencial. A aplicação dos questionários foi efectuada na sala de aula e na ausência do professor. A nossa amostra era constituída por 1918 estudantes (568 do sexo feminino e 1349 do masculino) universitários do Instituto Piaget (Zona Norte) dos Campi de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Viseu e Vila Nova de Gaia que integram a Zona Norte do Instituto Piaget. A média de idade dos estudantes participantes era de 24±7 anos, variando entre os 18 e 62 anos. A maioria dos alunos encontrava-se o estado civil de solteiro (84,9%) e tinha nacionalidade portuguesa (93,1%). A sua residência de origem situava-se no meio urbano (59,9%) e 56,7% encontravam-se deslocados da residência do seu agregado familiar. Dos estudantes inquiridos, 47,8% eram da ESS do Campus Académico de Macedo de Cavaleiros e 20,2% da ESE do Campus Académico de Vila Nova de Gaia. Na sua maioria encontrava-se a frequentar os cursos da área da Saúde: Enfermagem (40,6%), Fisioterapia (10,1%) e Análises Clínicas e Saúde Pública (8,3%) e o primeiro ano era aquele que tinha maior representatividade dos alunos, com 561 estudantes. Cerca de 94,2% dos estudantes referiram nunca ter reprovado no ensino superior. O sábado mostrou ser o dia da semana que os estudantes preferiam para sair à noite, seguido da quarta-feira; nos dias em que saiem, regressam a casa por volta das 4 horas da manhã. Cerca de 46,2% dos alunos referiu sair à noite uma vez por semana. Em relação à prática de exercício físico, 65,9% não realizava qualquer modalidade desportiva de momento. No entanto, a maioria referiu ter praticado alguma actividade física no passado (76,1%). Os nossos resultados revelaram um maior consumo de tabaco (27,8% vs 15,5%), álcool (96,1% vs 88,8%) e drogas ilícitas (42,4% vs 18,5%) entre as raparigas, comparativamente aos rapazes. No entanto, o consumo de medicamentos com e/ou sem receita médica é superior no sexo masculino (40,2% vs 24,8%). Há uma relação entre o consumo de tabaco pelos estudantes e o hábito tabágico dos familiares com que co-habitam, como há uma associação entre a ingestão de bebidas alcoólicas pelos estudantes e o abuso de álcool dos familiares. O início do consumo de tabaco (52,1%), álcool (57,3%) ou drogas ilícitas (68,7%) ocorreu, maioritariamente, entre os 16-20 anos. A cerveja é a bebida alcoólica mais ingerida (51,5%) e a cannabis a substância ilícita mais consumida pela comunidade estudantil (87,9%). Os nossos resultados mostraram também uma relação entre o consumo destas substâncias lícitas e ilícitas e o distanciamento da residência de origem dos jovens. O consumo destas substâncias difere entre os vários cursos frequentados pelos estudantes universitários. O consumo de tabaco (22,9% vs 12,8%), álcool (93,4% vs 86,8%) ou drogas ilícitas (29,3% vs 19,2%) mostrou-se superior nos alunos das escolas do Instituto Piaget (Zona Norte) que se encontram no Interior do país. A prática de exercício físico está relacionada com uma maior quantidade de bebidas alcoólicas pelos jovens estudantes (54,4% vs 45,6%), assim como verificamos uma associação entre a actividade física e o uso de drogas ilícitas (29,3% vs 24,2%). O abuso tabágico dos estudantes está associado ao consumo de álcool (20,4% vs 7,7%) assim como ao uso de drogas ilícitas (45% vs 10,1%). O consumo de substâncias ilícitas é superior nos estudantes que associam o uso de sedativos e/ou antidepressivos e bebidas alcoólicas (28% vs 16,1%). É essencial identificar os grupos mais expostos como adolescentes e jovens universitários ao uso de substâncias lícitas e ilícitas para se direccionar políticas de consciencialização e prevenção. A escola deve ser promotora de comportamentos saudáveis, sendo imprescindível realizar estratégias de prevenção e informação relacionados com o uso de substâncias psicoactivas para esses grupos.